Reamor de julho

Era final de julho

As águas eram frias

Tal qual os corações

Dos velhos amantes

Então os olhos se encontraram

As águas se avolumaram

Os corpos se despiram

O mar revirou em ressaca

A intimidade se tocou em fúria

Eis que o mar recua

E os corpos se afastam

No banco branco de areia

Restam escombros, galhos, troncos

Mágoas de tempos passados

Do amor e do mar

Não resta nada

Reamor de julho