Naquela Noite

Naquela noite,

A vida era

somente

Vida

Docemente,

Vivida

Não era nada,

Além de vida.

E éramos nós,

A saída.

Naquele momento,

O nosso amor

O nosso tempo

Naquele segundo,

Sem dizer-lhe nada

Contei-lhe tudo.

De repente,

a lua já poente

Veja só,

a noite

Nos levara

súbito,

Já não mais sabia

Se vivia

Ou se sonhava.

aquela adolescente,

Se transformara.

Finalmente,

Se metamorfoseara.

e você, inconsequente

a procurou,

de repente.

Ela já não se reconhecia,

Suspeito que já nem se lembrava

Naquele segundo,

Apresentava-se,

Ao mundo.

Atenta,

via-o,

Ali

Em sua frente

Capturava cada detalhe,

Em busca de um resquício

Da nossa eternidade.

Por detrás do sorriso

Seu rosto revelava

A delicadeza

De sua alma.

A noite passava,

Enquanto sua calma se espalhava

por toda a sala

era você,

Em toda a casa.

Finalmente, vivia.

E satisfeita,

sorria,

aquela adolescente

Descobrira

O elixir de sua vida

Que ali, jazia

Docemente

Simplesmente

Vivida

não era nada

Além de vida.

Fernanda Marinho Antunes
Enviado por Fernanda Marinho Antunes em 01/08/2021
Reeditado em 07/10/2021
Código do texto: T7311694
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