“Meu amado imortal”

Teu olhar trazia-me a paz

Que traz a visão da lua sobre o mar

Meu guia, tua mão

Mais confiável não havia

Teu discurso

Quase sem recurso

A qualquer filosofia

Impressionava-me

Era pura sapiência

Ausente de toda enciclopédia

Que eu conhecia

Tuas palavras exacerbadas

Ou comedidas

Eram-me caras

Todas elas

Porque me diziam

Com simplicidade

Sem querelas

O que eu concebia

Como verdade

Como boa fé

Ah! Que linda poesia...

Eras para mim algo assim

Algo a mais

E por teu “ser” me perdi

E te procurei tanto

Que pensei ter-te “encontrado”

Em quem te é totalmente oposto...

Ledo engano.