GRAVURA... (NA ESTAÇÃO)
Depois de um breve período de tempo, finalmente
deixava o trem a plataforma...
Eu vi aos poucos desaparecer das minhas vistas lentamente
o lindo rosto, que não poder ver novamente,
minha alma ainda hoje não se conforma...!
Quem sabe, fosse ela a serpente
que em um lindo anjinho se transforma...?
Vendia ela doces caseiros, e em minha mente
era ela a própria figura
da doçura,
de mulher em forma...!
Com suas mãos estendidas estava ela
(pela do trem eu via na janela)
à espera de que alguém (ah... Deus Senhor)
adquirisse, e sua espera não fosse vã,
alguém adquirisse a maçã
que então vendia, a maçã do amor...!
Aquele quadro ficará eternamente
pendurado na parede da minha mente;
porquê eu sentia (ah... Deus Senhor)
que ela esperava que sua espera não fosse vã,
que eu fosse aceitar sua maçã;
sua maçã, e também o seu amor...!
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(Geraldo Coelho Zacarias)