DESAMOR

Quando amamos de verdade

Não há prisão que nos condene...Tudo flutua

Nem distancia que nos desuna por pecado

Nem a morte continua depois de tudo consumado

Que o nosso amor nunca se destrua...

Nas coxas abertas há poderosos vulcões

Que cospem amalgamas acima das estrelas

E dos astros errantes latejam atomizados impulsos

Cuspindo fuligens de gás carbônico que marcam a escuridão

Para que os astros brilhantes sejam valorizados

Sob o tíbio músculo de teu corpo esvaziado de luxúria...

Mesmo que nossos corpos não estejam mais em cavernosa fúria

Um no outro amotinado sob a carne crua

A água tanto mata a sede ofegante do beduíno sedento

Quanto o mata por desespero, o afogado...

É a lágrima que cede do seu silencioso compartimento

Mais que jamais pesarosa voltou

Para os ninhos pupilares dos olhos de quem por desamor as derramou...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 25/07/2021
Código do texto: T7306692
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