Sonhos II
Beijo todo o seu corpo
Curvas após curvas, respeitando cada contorno
Deliciando-me de prazer
Vendo você se contorcendo toda
Como a pedir muito mais
Alimentando o meu desejo
Invadindo-me como um furacão
Sem sequer pedir licença
O seu corpo respondendo às minhas carícias com volúpia
Faz-me sentir a proximidade da entrega total
A respiração se torna mais ofegante
O corpo inteiro logo inicia freneticamente
Um compasso musical
Entremeando-nos de tal forma
Que nada mais pode nos separar
Fundindo-nos num só corpo
Desperto porém, querendo não ter acordado
Procuro e não a encontro ao meu lado
Tento, em vão, embalar-me novamente naquele sonho
Fugir da dura realidade da solidão deste quarto
Tão diferente de onde, há pouco,
Estávamos, dois seres amantes
Em total comunhão de corpos e mentes