Vestido Estrelado.
Todo dia renascia a paixão
E morria na rapidez da janela do trem na estação
Passava casas, prédios e comércio
E o pensamento ficava na menina do vestido
Que ao vento, parecia acenar
Dizendo “Adeus, até amanhã...
Amanhã adoço tua boca
Com mais uma palha italiana.
5 reais
De sonhos irreais”.
E aquele vestido:
Tinha todas as estrelas que ele queria
Tinha toda a não nudez que ele suportava
E quando ele a via
O mundo vestia-se naquele vestido,
Tudo parecia alegre, de um azul estrelado
Daquele vestido.
Tudo é bobagem, ilusão inventada,
Paixão de um desconhecido velho poeta.
(E. P. Coutinho).