CONVERGÊNCIA
Te desejo nominativamente no presente,
não me interessam as declinações dos teus casos,
nem as pessoas do singular ou plural,
não quero vir a ter de ti tradução,
que tua essência permaneça no mistério da oração
e possam nossas línguas consentirem assimilação.
As palavras e fonemas, distinguíveis ou não,
trocadas de nossos lábios, formem um dialeto
das nossas vozes se engolindo em comunicação
e mediante o tempo conjuguemo-nos aqui e agora,
em que nossos olhares se cruzam ébrios
sincrônica e diacronicamente eternos
naquele ponto incerto em que te disse: Oi.