GRAVURA ... (A SUBURBANA)
O trem na curva, desacelerava o seu movimento,
congelando então aquele momento...
A brisa ondulava a verde ramagem...
Eu vi, eu vi (ainda hoje esse lembrar é bem vindo)
eu vi (meu Deus) que momento tão lindo...
Aquela garota enfeitava a paisagem...!
Os lábios, os mais lindos que até então jamais
os meus olhos tinham vistos ou verão iguais...
De tudo o que é mais belo estavam acima...!
O riso, o cabelo, o semblante... Encantos de sobra...
Em uma só palavra, o conjunto da obra...
Em uma só palavra... UMA OBRA PRIMA...!
Amei-a (meu Deus, ela jamais terá a ciência
de que eu maculei a sua inocência)
como jamais amarei outro alguém novamente...!
Ainda hoje estou à sua procura,
mas sei que jamais deixará de ser uma pintura
pendurada com zelo na parede da minha mente...!
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(Geraldo Coelho Zacarias)