O Canto da Harpia
Você canta para suas irmãs
Sob a sombra das romãs
Notas com aromas de maçãs
A fim de mantê-las sãs
No acarrear das manhãs
Eu, ser azulado
De caminho andado
Adorado
Torturado
Sentimento embalsamado
Plano racional quebrado
Retrato do meu eu são, rasgado e despedaçado
Meu grito selvagem e embelezado
Calado e silenciado
Você percebe o meu andar
Ouço o seu cantar
Capturado pelo seu entrelaçar
Me chama com o seu encantar
Poluído pelo amedrontar
Desvio o olhar
Receoso em falar
Seus pés conduzem o afastar
E seu longínquo olhar
Perde o brilhar