Quando o tempo acolhe a dor...
 
Quando um passo pesa,
Quando um suspiro sufoca o peito,
Quando uma lágrima queima a face inocente,
Quando o sono não acolhe o corpo...
 
Há dor no tato que toca a alma
No pesar salubre da inocência em compartilhar a alegria,
Insana fonte que só perturba o delírio
E em fios tece a amargura que esputa a toxina...
 
Não há delírios em meus pensamentos
Esses sobrevoam
Se expandem
E ofuscam...
 
O que faz o tempo ser contrário ao sorriso?
Não cale meu grito
Não rastejes ao brilho visto em meus passos
Entrega-se a tua própria sombra...
 
Sopro em teus ouvidos inquietos
Sussurro doces palavras
Teus sentidos não permitem o alcançar da vigília
E em teu casulo de agonia
Entregas o despertar da invídia que envolve teu ego...
 
Em prece,
Rasgo a pele que deixa o espírito encarnado,
Renasço nas chamas livres
Que permite o queimar de teus olhos que permite o cárcere...
 
 
J Lucivan Almeida
Enviado por J Lucivan Almeida em 14/07/2021
Código do texto: T7299577
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