LÁBIOS DE PLUMAS







Ó, tu que atormentas o meu outono.
Ás vezes diante de ti,
Sinto-me um dominante,
Ás vezes um dominado.
No meu país sinto-te viajar,
E com teus lábios de plumas
Tu consagras a minha primavera.
Debulha a tua estrela, a tua luz e a tua
estação em meu corpo.
Dá-me teus beijos molhados de céu.
Disponha-se do meu mel, de meu território.
Talha a minha montanha.
Traga o teu amor florido,
Deixas-me dormir no teu colo,
Quero bolinar o teu corpo até o amanhecer.