O viajante
O viajante
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As esperanças no meu peito e as doces ilusões de minha vida, pareciam dissipadas, desde aquela tarde que aquele viajante pediu para se aquecer na lareira do meu chalé, nas montanhas de um lugar qualquer, em vista da friagem e a densa neblina naquele dia...Foi uma noite maravilhosa que me deixou encantada com a presença dele em minha casa. Oh!...Sedenta e louca busquei o seu olhar em cada frase dita. Na realidade, não sei se era a vida me apresentando o amor tão esperado, parecia que sim. Naquela noite me encontrei, assim como agora me encontro: perdida, confusa, desde que ele apareceu; virando ao avesso o meu mundo, que já não me pertence. Fui conquistada pelo seu jeito educado e gentil. Ele, era apenas um viajante que trilhava pelas montanhas. Vi nesse viajante o amor que sempre idealizei, mas faltou-me a coragem para dizer o quanto ele importava para mim. Estarei aguardando o momento que por ali ele retorne e peça pousada, Não sei porquê fui criando fantasias ao escutá-lo, assim como querer, e não poder ter. Sei que as noites de insônia retornarão, eu sei muito bem, mas, aqui, da janela da minha cabana continuarei sonhando se ele voltará. mesmo que demore o seu retorno, estarei aguardando, para rever o meu viajante que no meu chalé, por uma noite, pediu abrigo.
Autora: Mara Regina Ferreira
Poema: o viajante
Data: 08/06/2021
Hora: 18:48
Rio de Janeiro Brasil