SILÊNCIO

É tarde. Não há barulho.

Ninguém. Nenhuma voz.

O dia combalido

Trancou a estrela noturna

No vagão das promessas.

Encadeou a mais bela lua

Na nave silenciosa do teu peito

À espreita do abandono do meu leito.

Insone, bafejou-me cílios absurdos

Estreitando pelos ares suspiros e frestas,

Abraçando-me em liquidez cortante

A madrugada calada sob essa noite indigente...

E paciente.... aguardo-te no ruído da brisa quente....