DE NOVO

Na penumbra, componho-te

Em tela, te revelas

Corpo mais que alma

Atiça-me

Lava-me em gozo

Em verso, te elevas

Alma mais que corpo

Santifica-me

Leva-me ao choro

Em prosa, te enlevas

Desnudo de tudo

Deslumbro-me

Lambuzo-me do absurdo

Em canção, te libertas

Tornado bicho

Mata-me

Levanto-me para de novo.