A complacência do vosso encanto.
Eu vi lá fora a sombra dos vossos pés, o reflexo da sua imagem, as nuvens cobrindo o vosso corpo, a ideologização do nosso afeto.
A sala com as luzes acesas, percebi o barco deslizando na água do mar, senti o ar conduzindo a vossa respiração.
O tempo chorando os versos cantados, o silêncio despertando nossas emoções.
Percebi a distância musicando dentro de nós a canção tocada, o rumo que a paixão tomou.
Agora posso lhe dizer de onde venho, quem sou, trago na alma o vosso esplendor, sou a sua dignificação, somos o paraíso encontrado.
Neste instante o seu olhar conduzindo o meu coração, quero lhe contar como foi feita a minha cognição.
Pisei no solo no qual esconderam suas emoções, enxerguei a vossa sombra, a ficção dos meus sonhos.
Entretanto, encontramos, o destino solidificou a face do vosso rosto, o pincel resenhou nossas recordações.
Com efeito, quem eu sou, um vulto perdido a distância daquele instante que seus olhos brilharam, quando você percebeu que procurava o vosso sorriso.
Com outras palavras, podemos refletir sem medo, o nosso momento, o reflexo do espelho da vossa imaginação.
Você sempre foi o meu retrovisor, entendermos no silêncio de nossas almas, posso lhe revelar que te amo.
Você não sabe por onde passei, tive que ser o construtor das minhas respostas, andei e retirei dos trilhos as pedras, entretanto, fui a chave da minha subida ao trono.
Então não fale quem tocou em sua pele, sempre fui a vossa saturação, você a oxigenação das batidas do meu coração.
Sou a sua alma, você é a minha sorte, o vosso caminhar a destinação da minha escolha, mesmo longe, o meu pensamento estava fixo em vossa exuberância.
Indelével amor, inexaurível o vosso encanto, cheio de doçura a sua inefável ternura.
Compreenda sou a vossa complacência, o seu insofismável amor.
Edjar Dias de Vasconcelos.
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