LIVRO INFINITO
Ah...mulher,
que parece que não existe...
Doce e sensual,
quase uma notícia de jornal
sob o aspecto do não limite,
oferece o bem muito além do mal...
Sabe que é preciso ser forte...
O homem a mede pelos músculos,
a trata como bússola, seu norte...
Vive a pensá-la como um opúsculo...
A mulher é um livro infinito...
Quando se pensa na última página,
eis um novo começo, um rito
de passagem; sobre o tempo,
a invenção da mágica...
Viveria a idade do infinito
se soubesse que a conheceria...
É como ir do som ao grito,
do rude verbo à poesia...
Eis-me curvo à sua presença...
Faz o sentido sentir sua alma plena...
Desde o primeiro mundo, Atenas,
amar uma mulher, eis o que vale a pena...