“CONCLUSÃO”
Quanto mais prometo ti deixar,
Tentando me desvencilhar,
Mais compreendo que não posso!
Pois este amor me amarrou,
Meu coração se afeiçoou,
Acarretando-me remorsos!
Quando a noite de regresso,
Meio acanhado confesso,
Você briga sem motivos!
Afirmo que tenho vontade,
Nesse instante sou covarde,
Vou me perdendo indeciso!
O sengue ferve em tal hora,
Quando decido ir embora,
Você volta a me pedir!
Com seu semblante molhado,
E os seus olhos encharcados,
Impedindo-me de partir!
Numa situação estranha,
De novo você me ganha,
Deixando-me agoniado!
Não sei se fico ou se vou,
Sabendo que esse amor,
Sempre foi o meu pecado!
Passando por tal momento,
Mudamos de pensamento,
Entregamo-nos ao amor!
Que dura poucos minutos,
Novamente seus insultos,
Enche-me o peito de dor!
Então tudo novamente,
Passa ser exatamente,
O mesmo de segundos atrás!
Então me bate a fraqueza,
Enche-me de incertezas,
Com tal vida contumaz!
Novamente me imagino,
Desvairado em desatinos,
De uma angustia voraz!
Notando a mente embaçar,
Lutando pra me libertar,
De um dissabor aparente!
Toma-me o ser por inteiro,
Como um vil pesadelo,
Trucida-me totalmente!
Assim me sinto perdido,
Com meu ego enfim ferido,
Totalmente sem ação!
Pra tomar outro caminho,
E fugir de seus carinhos,
Em tremenda confusão!
Então em silencio e a sóis,
Tento não pensar em nós,
Com esse amor doentio!
Em que o melhor perfume,
Perde-se em seu ciúme,
Deixando-me em tal vazio!
Até hoje não pude entender,
Como alguém pode viver,
Por caprichos fingindo amar!
Mantem a tal mente doentia,
Em disfarce fingindo alegria,
A os outros a sacrificar!
É mesmo bem complicado,
Quando se sentir tomado,
Por esse tal de amor fingido!
Que quebranta e nos ofende,
Certas mentes não entendem,
Esse tal de amor bandido!
Hoje agora em liberdade,
Apreendi que a vaidade,
Corrói a vida e a alma!
É um infausto calabouço,
Reprime até o pescoço,
De nosso ser tira à calma!
Cosme B Araujo.
08/07/2021.