“DESABAFOS MEUS”.

Pensei que nunca ia te perder,

Acreditei em tudo visto em você,

Tudo espontâneo e tão natural!

O olhar alegre a mim conquistou,

Entrou nos meus olhos e me incendiou,

Era magnífico tudo tão real!

E o seu sorriso veio e me encantou,

Louco de desejos me contagiou,

Seu jeitinho meigo pode me iludir!

Pude perceber que não era você,

Na cruel distancia me fez entender,

Que um falso engodo veio me atrair!

E por falsas juras me apaixonei,

Eras a figura eu tanto esperei,

Entreguei-me inteiro a te possuir!

Mas o tempo passa e não te vejo mais,

Só suas lembranças que ficou pra trás,

Tão cheio de dúvidas tento prosseguir!

E o teu retrato que ficou guardado,

Hoje já o vejo um pouco desbotado,

Já sem a moldura, rola pelo chão!

E os lindos momentos que ali vivi,

Hoje são tormentos me acossando aqui,

Deixou em pedaços o meu coração!

E no meu silencio teu nome eu chamo,

Dentro desse peito ouço a voz te amo,

Fraco e abatido fico a soluçar!

Já é tua falta que se faz presente,

Nessas noites frias de amor carente,

Sem tua presença pra me alegrar!

Vivo em penumbras longe do amor,

Que foi meu um dia mais que me deixou,

Acho meu consolo a te descrever!

E os escarcéus que quis enxergar,

Hoje são patentes nesse meu olhar,

Claro como espelho me fez entender!

Hoje aprendi o que é solidão,

O quanto molesta o meu coração,

E me fortaleço nessa vida a sós!

Falando a verdade já nem sei sorrir,

Modo sorrateiro a me consumir,

Pra falar de ti hoje não tenho voz!

Esse falso encanto tirou de meu ser,

Minha esperança e força pra viver,

Deixou-me somente a vida vazia!

Frágil coração que não sonha mais,

Tantas turbulências me tirou a paz,

Trazendo consigo só melancolia!

E daquele amor que já tive um dia,

Hoje sobrevive na fotografia,

Preso na memória de um celular!

Que nem sei a senha pra tornar a ver,

Em infindas imagens encontrar você,

A milhões de mundos busco te achar!

Mas tem sido em vão a minha procura,

Em tal aforismo de minhas loucuras,

Sinto-me perdido na imensidão!

Que me dilacerou a felicidade,

Aproveitou-se de minha humildade,

Trazendo-me assim consternação!

E eu que vivi a sombra de um amor,

Sem saber sorvi de intrigante dor,

E o que machuca nossos sentimentos!

Que somente o tempo pra fazer sarar,

Toda a ferida que exposta está,

A untar com balsamo esse ferimento!

Faz-nos ver a vida sendo diferente,

Inda que estejamos de amor carente,

Esperando sonhos se realizar!

Entender que a vida é pra se viver,

Caminhando firme sem esmorecer,

E encontrar maneiras pra isso mudar!

Cosme B Araujo.

07/07/2021.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 07/07/2021
Reeditado em 07/07/2021
Código do texto: T7294932
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