NOVAS MANHÃS

E depois de passar muito tempo,

se me lembro, tive que aprender

a respirar novamente, como seguir sozinho.

Padecer nada digo pois, seus predicados

sempre estiveram comigo,

como se contempla.

Já não consigo compartilhar

meus sonhos, não existe mais ninguém

para pedir um beijo, nem braços

para um prolongado abraço...

Tornei-me um cego sem um guia,

um andarilho sem rumo certo, sem

esperança de encontrar a mim mesmo

ainda que em qualquer lugar, e aí, os

meus eus já não se integram...

A partida levada a efeito sem notícia,

interrompeu o desejo de viver abraçado

com a felicidade, eu não sei como está

no seu lado, no meu,só lembranças amargas.

E agora..., tanta dependência,

tantos desencontros, tantas procuras,

que até duvido que possa

existir novas manhãs...

Wil
Enviado por Wil em 08/11/2007
Código do texto: T729306