LINHAS DA VIDA


Corri para os teus braços
Por ti ser acolhido,
Mas como se corta o laço
Jamais fui atendido.
Desisti dos teus afetos a
Falta de compromisso,
Sem lhe dar muita atenção
Separei nossos destinos!

E as tardes amordaçadas
Esqueci todas as lembranças,
Varei as madrugadas mergulhei
Nessas andanças,
Pensamentos guardados 

Desde a infância,
O peito amargurado e a doce
Voz ainda chama!

O céu perdeu a cor em meio
A despedida,
O medo escondeu a ânsia
Disfarçou toda ferida.
A lua ficou mais cheia e a
Areia movediça,
E contar nas pontas 
Dedos as linhas da minha
Vida.

As montanhas parecem incandescentes
Em meio a multidão.
Solidão de tanta gente!
É ouvir silencioso o som 
Da maresia,
Como embalo contagiante
As tristezas de nossos dias!

Como bezerro desgarrado
Perdeu-se de todo bando,
Ficando a mercê dos lobos
Errantes,
Presa fácil sem nenhuma
Defesa,
É o alimento da plebe a realeza!

 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 02/07/2021
Reeditado em 22/01/2024
Código do texto: T7291615
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