LINHAS DA VIDA
Corri para os teus braços
Por ti ser acolhido,
Mas como se corta o laço
Jamais fui atendido.
Desisti dos teus afetos a
Falta de compromisso,
Sem lhe dar muita atenção
Separei nossos destinos!
E as tardes amordaçadas
Esqueci todas as lembranças,
Varei as madrugadas mergulhei
Nessas andanças,
Pensamentos guardados
Desde a infância,
O peito amargurado e a doce
Voz ainda chama!
O céu perdeu a cor em meio
A despedida,
O medo escondeu a ânsia
Disfarçou toda ferida.
A lua ficou mais cheia e a
Areia movediça,
E contar nas pontas
Dedos as linhas da minha
Vida.
As montanhas parecem incandescentes
Em meio a multidão.
Solidão de tanta gente!
É ouvir silencioso o som
Da maresia,
Como embalo contagiante
As tristezas de nossos dias!
Como bezerro desgarrado
Perdeu-se de todo bando,
Ficando a mercê dos lobos
Errantes,
Presa fácil sem nenhuma
Defesa,
É o alimento da plebe a realeza!