ÍNTIMO
Há sempre algo remoendo
Nesse ar que respiramos:
Um tanto de ternura e desejo,
Um tanto de perfume e beijo.
É algo que provoca, morde
O coração das palavras
Num tanto de juras e promessas,
Num tanto de carícias sem pressas.
Fica no ar algo implacável
Tão certeiro que não cede,
Nem retrocede esse meu gosto
De ter tua boca plena
Na minha pele morena.
Fica sempre... sempre esse ar
De sentença movendo o tempo
Á espera do fim da tua ausência.