GRAVURA (A MOÇA DO LAGO)
Remoto e isolado (um belo cenário)
da natureza, um santuário...
Às verdes ramagens, o vento fazia um afago...
Nas águas serenas
criação de penas:
patos, cisnes e marrecos nadavam no lago...!
Meu Deus...! Diante daquilo tudo
sou simplesmente um mudo;
porém, pra sempre eu trago
uma lembrança mais linda que na memória se grava:
a moça que então se banhava
nas águas do lago...!
Porém não querendo causar-lhe um susto,
contive-me a custo...
Era grande o agravo, a culpa, pra sempre eu trago.
Tão doce, inocente, tão pura,
linda criatura
à beira do lago...!
Desejei-lhe!!! Meu Deus, que ofensa!!!
Vos peço licença,
a pena por esse pecado, mais tarde vos pago...
Que sou hoje, perdoado eu sei...
Porém, amanhã de novo pecarei
pensando na moça do lago...!
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(Geraldo Coelho Zacarias)