MEU SOL
MEU SOL
Sei agora do como.
Do porque manter todos os dias brilhantes.
Não eram os dias nublados.
Era a tempestade conservada em meu peito.
Por motivos que desconhecia.
Mas de que, eu agora sei.
Faltava um sol.
Que tempestade resiste a um dia ensolarado e brilhante?
Eu não pretendo ser dono do sol. Ele não precisa ser meu.
Não é de posse que necessito. Não é de propriedade que reclamo.
Só de prioridade.
E nem há de ser total ou eterna.
Apenas casual.
A que distância de nós, dista o sol?
Oito minutos luz?
Ainda assim, nos queima coração e alma.
Nada na Terra pode estar distante.
Nada a mais de trezentos e sessenta graus.
Ou fora do alcance da alma.
Do coração.
Sol, sol!
Palavras brilham.
Palavras aquecem.
Palavras moldam corações.