Da ignorância
Da ignorância
Perdoa minha indiferença
Que fez nó antes de nós,
Eu que te prendi sob meus olhos
Para depois não te olhar
E que te chamei de único
Beijando outros lábios.
Não te cuidei como se cuidam os amores
E te lancei para outros braços
Querendo-te comigo,
Para então compor um lamento
E gozar das minhas próprias lágrimas.
A ignorância
Não é santa.
Nem eu, que hoje queimo
Porque quero renascer contigo.
junho/2021