Amor ao desespero

Meu coração palpita ao desespero,

De nunca mais ver teus olhos castanhos,

De tua voz nunca mais ouvir o eco,

Que estranho, que estranho...

Remota tua face,

Longe de meus dedos,

Grita minha saudade,

Embora eu tenha medo...

Tem pontos tão distantes,

Mas esses sentimentos são intensos,

Mas isso me deixa ofegante,

Como correr de um tsunami.

Me afogo em tuas palavras,

Mas tu ainda és bote salva vidas,

E as vezes o meridiano amarga,

Mas somos feitos de idas e vidas...

Mas meu bem,

Tu libera minha oxitocina,

E eu me jogo fundo aos desdém,

Das vezes que deixaste-me as linhas finas...

Das vezes que eu quis dizer palavras além...

Mas eu te amo,

Meu amo,

Arcano,

Tal anjo.

E por fim para com meus lábios,

Sussurro a ti aí vento,

Tu és meu próprio relicário,

De tudo aqui que quis com o tempo.

—Me vejo perdida em teu peito.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 17/06/2021
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