O rio e o mar
Tão insípido e tão em vão é o rio.
Tão cheio de encantamentos é o mar.
Este é completo, é rei, nunca é esguio.
Aquele, inconstante e vive a vagar.
O rio é incompleto e também vulgar,
É coisa pífia e sem exatidão.
O mar é raro, mesmo em profusão;
Seduz mesmo se muito se mirar.
Minha Amada, eu sou um rio; tu és um mar.
Sou um bocado de galho com cascalho.
Incompleto, vivo a buscar atalhos,
Pra, em tua perfeição, desembocar.
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