Amor

Amor
Esta noite sonhei com um amor
Nossas mãos se tocaram e fui tomada por uma grande emoção.
Pensei em falar para ele do meu, talvez, amor, amar.
Posto que me senti impelida a fazer a mesma pergunta de Jesus à multidão:
- Quem me tocou com tanta emoção? 
Divagando com as folhas de minha palmeira sobre o que seria o amor, o amar.
O canto de um pássaro me levou a seguir o bater de suas asas em direção às  nuvens.
No exato momento em que as contemplo formar um coração ao redor do sol.
Quanto esplendor…
 Os meus olhos brilharam!
A cena me tocou e retirou pedaços de minha cegueira:
Será o amor a expansão que sinto agora de dentro do meu coração? 
Será o amor essa emoção que não sei explicar, mas que me faz sentir completamente plena? 
Será o amor esse se reconhecer parte de um todo?
Será a felicidade em perceber nas mensagens inarticuladas da natureza um amar, um cuidar, um acarinhar?
Será o amor as lágrimas que brotam da gratidão em  compreender que não se estar desamparada, nem sozinha, nem abandonada? 
Será o amar quando compreendemos que o essencial é se amar, se respeitar, se cuidar e ser sua melhor companhia?  
Convencionou-se chamar de amor, o desamor.
O amor não dói, não  machuca, não aprisiona, não controla, não humilha, não mata, não se vinga, não se ofende, não se melindra, não se prende a apegos e nem a egos. 
Grito ao Universo:
Quero o amor despretensioso como o canto dos pássaros, o assovio dos ventos, o balanço das folhas, o sorriso das flores, a melodias das águas, o aroma das matas, das flores e da terra molhada, e, assim, passear de mãos dadas com as nuvens de algodão.

Aretuza Santos
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Aretuza Santos
Enviado por Aretuza Santos em 12/06/2021
Código do texto: T7277302
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