Versos Insones
Ao som da madrugada,
componho versos insones,
ora inspirados pela pessoa amada,
ora sentidos por quem me consome...
Cercada na encruzilhada,
me guio por qual sentimento?
Do amor, à distância condenada,
do desejo, inerte ao pensamento?
Quisera eu ser muitas,
me desdobrando por inteiro,
porém sou fraca, única
e me entrego ao devaneio.
Quem, por ventura, me iluminar
que tragas logo seu veredicto,
dubiamente a versejar,
não sou mais nada que um ser perdido.