Um lindo canto d’amor
Cantastes o belo canto incomparável, divinal
um doce canto desse amor excelso, sucumbido
uma canção que engrandece e se entrega
ao fardo leve dum coração atormentado
seus cabelos cobertos de flores e pétalas
uma imagem rósea de grinaldas e alegorias
onde se saciam as profundezas incandescentes
da beleza de nossa poesia: seu lirismo, minha oração
e ao longe na praia mansa, quebrantado ser eu sou
seu verão colossal, inflamável, tórrido
feito teu toque singelo em minhas faces joviais
onde tu beijaste com pureza d’alma e reentrante desejo
cantastes o amor sereno, íntimo, intenso
sussurrando no ventre da noite tua melodia
que, ingênua, adentra a casa e repousa exausta
por cada amor gerado em volúpia e em melancolia.