Pragmático
Eu sou a sombra de um amor dissidente
Vivendo as ruínas de um abismo esperado
Sou a devassidão de um desejo intransigente
Fruto de um fortuito acaso desencontrado
Não me disponho aos fracassos da imperfeição
Sou atento as verdades que o tempo me traz
Eu sou o amante primeiro da solidão
Não me atenho as mentiras que o tempo desfaz
Minha alma é um hiato entre o caos e o desespero
Tudo que faço é por puro instinto de sobrevivência
Meus medos servem as hipérboles como exagero
E toda a coragem que sinto não serve à desistência
Medito em silêncios ruidosos da mente
Aqueles que transitam em coro nos pensamentos
Me perco em tristezas do inconsciente
As mesmas que fingem se perderem nos esquecimentos