Estrela e maldição
Estrela e maldição
13 de agosto de 2007
Quando voltares
Ninguém irá te receber.
O farol do porto,
Já apagado pelo desuso,
Não mais te anuncia
Nem a mais ninguém
Até o repique dos sinos
Que tanto te chamaram
Dormem no silêncio dos mortos...
Um grande baú te espera
Cheio de lembranças e cartas de cruz
Amareladas dos bicos em tantos
correios de pombos
Deixo a última carta
Escrita rabiscada e fraca
Desesperança te chamas
Dize-me do quanto esperei
E das promessas
Amaldiçoado és!
Se definhando nesta alma
Frágil e doente ...
Comigo levarei a tua imagem
Embaçada...
Pois já nem te lembro mais da tez
Um pouco de fé de
Rever-te um dia terei
Que ao menos seja
nos braços do Senhor