Menino do sorriso torto
Com que direito tiro-te o véu?
Se por baixo do pano branco, piá
Tu ris
Com que audácia atrevo-me a acordar-te de sonho tão sereno?
Se por entre espasmos de cor e desejo, moço
Tu ris
Com que razão enfio-te a pílula vermelha garganta abaixo?
Se mesmo sabendo-se matrix, xará
Tu ris
Bah
Não ouso atentar-te com a verdade do meu amor
Não quero ferir-te com a verdade do teu querer
Não vou te fazer escolher, rapaz
Não enquanto tu rires.