Zelo

Sou por ti alvejado

Com um brilho solar

De caminhos enigmáticos

Dos oblíquos olhos teus.

E o teu dourado olhar

Causa-me um enlevo carnavalesco,

Fixante como lantejoulas

Ornando de felicidade

Os labirintos de minh'alma,

Donde tu vens insurgente,

Avessa à escuridão

Que me circunda,

Emergindo em fendas

Que me apaziguam.

Pois quando surges no alvorecer,

Banhada com o ouro da manhã,

Vens, com pureza, me proteger

Com a prudência de uma guardiã.