Deserto de saudades

Desprender-me de ti mudaria minha vida e

ainda disfarço minhas noites de lua pobre.

Essa memoria trivial me consome, e ainda me persegue tua siluéta fantasma.

Volto pra esses beijos húmedos e todo dia

tua estética anacrônica me envolve;

Me olho no espelho e digo basta,

Mais nunca encontro respostas,

O que significa teu enigma?

Hoje de manhã gostei do frio, que doe

menos que tua ausência.

Ninguém pode enfrentar memórias repetidas,

Nem o espelho com mêdo de si mesmo,

Ainda me persegue tua silueta fantasma,

E não tenho a chave pra essa porta

No fundo ainda sinto o doce dos teus lábios

ouso longe tuas palavras, ansiedade última

nesse deserto de saudades;

E agora já não encontro tua púbis, onde mergulhava feroz, temeroso e sedento.

Desprender-me de ti mudaria minha vida...

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 28/05/2021
Código do texto: T7266032
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