CERQUINHA
Te conheci criança. Maldosa à meus ouvidos, sussurravam pra meu conselho
mesmo sabendo não teres culpa;
Cerquinha que coisa linda era poder meter o bedelho.
Tua origem. Teus campos alagadiços dificultando meu andar.
No fim da rua Dezesseis de Julho, que saudades !
Bem no oeste da cidade, toda a minha infância
que não vi passar. Ficavas as margens do Santa Bárbara, que barbaridades
em emaranhado contínuo para toda minha ignorância.
Das diferentes espécies da flora de nossa terra
contribuias indomável; até a época em que a Câmara autorizou
a mudança das Tabocas dos Indios, da varzea, da nossa serra.
Tuas plagas serviram de acalanto e lembranças
praqueles pobres coitados primevos habitantes
que muito te honraram, vindos do além por aquelas andanças.