Dorme
Dorme, enquanto te digo não,
Quando refutas a minha mão.
Dorme, no silêncio da tua resposta ,
Quando não vou depois de abrires a porta.
Dorme, em meio a cruéis insinuações ,
Quando se deixa adormecer as paixões.
Dorme, nas queixas sem sentido,
Quando o carinho demasiado é contido.
Dorme, enquanto ignoramos sua presença,
O amor dorme, mas não se faz ausência.
Isabel Lopes