Hábito em meus temores
Conheço minha solidão, tu conheces a tua?
Paredes com teu nome, esse céu totalmente teu
que persegue quem te viu e sentiu;
Sou náufrago e te espero chegar,
Estou cansado desses outonos com essas cores frias
Hoje lembro da terra, do metal e do silêncio
em que mergulhamos um dia,
Conheço minha solidão, tu conheces a tua?
A própria existência é flor dágua perpetua
que toca o mar imensurável nessas distancias,
Mistério azul que se prepara
ou apenas descansa em rostos de mil anos
ou em corações destroçados deixando o peito em cicatrizes.
Ha um deserto, uma rosa sem vida que deixaremos para trás
Conheço minha solidão, tu conheces a tua?