Licor envenenado

Não há relógios nem grandes nem pequenos pois desdenhei do tempo que está de viagem,

Sentado aqui estou órfão de sensações;

Lentamente agredimos nossa intimidade,

Falamos sobre o nunca e fomos bons amigos, Particularmente bons amigos

Em ocasiões nos permitimos sem nenhum pretexto dar-nos algumas explicações,

Mais as vezes faltava algo mais;

Uma última jogada,

Um sonho repetido,

Sair da lista de espera,

Acreditar em coincidências,

Nossa existência limitada foi uma lenta disputa contra algo trivial,

E com frequência esse trauma aprazível nos fazia ver a verdade.

As vezes nos faltava algo mais,

Um sopro, um alento,

A saliva e o abraço,

Um licor envenenado e teu sorriso disfarçado,

Tudo e tarde quando nunca aconteceu...

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 20/05/2021
Código do texto: T7260307
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