Soneto: Eu Não sou Nada!
O que somos senão poeira ao vento?
A suave lassidão que decai suprema
Ou talvez somente um ovo sem sua gema
Um farol iluminando o firmamento
O passado passou já faz algum tempo
O presente é o agora, é o meu problema
Futuro será criado em nenhum momento
Para ser feliz não adianta criar esquema
São enigmas que rompem as minhas amarras
Mesmo se o sol é poente ou é alvorada
Verdades terrenas não passam de piada
Todas as partes são o som de uma guitarra
A ilusão em mim já não faz a sua morada
Pois eu sei em meio a este tudo: Eu sou nada!