Piegas ou Gauche?

Como um farol que brilha em meio a escuridão,

Luz no meio das águas e do céu negro,

Como a luz no fim de um imenso túnel,

Que parece nunca ter fim,

Assim comparo você, meu bem,

À luz que me veio dividir essa maldita escuridão,

Que tomava conta da minha vida, do meu coração!

Será que agora, felizmente, poderei dizer

Que os dias mais sombrios da minha vida acabaram?

Que o gelo que circundava meu coração, derreteu?

Já posso ser piegas?

Ou devo ainda permanecer gauche?

Tu, meu amor, trouxestes cor a minha vida,

Que antes era um filme preto e branco,

Tu me trouxes um belo sorriso,

Me despojastes da alma calada, fechada,

Trancafiada, pelas sombras do passado, que ainda insistiam

Em me rodear, tomar conta dos meus pensamentos...

Mas você apareceu, fazendo nova todas as coisas,

Que meu coração bate descompassado,

Fora do meu ritmo, dentro do seu ritmo,

Quero dançar, te beijar, te envolver com meus braços e nunca mais soltar...

Já posso ser piegas?

Ou devo ainda permanecer gauche?

Ah, meu bem...

O pouco que já me destes atenção, me fizestes sonhar, delirar