Castos Amores
Quando a língua sedenta cereja molhada
Na boca aveludada das tuas cavernas
Beijos apaixonados em cadência ritmada
Em todas as reentrâncias curvas externas
Quando se lavra com caricias o ventre macio
Como quem sem pressa se deixa ficar
Ávida serpente de um corpo sadio
Gemidos e promessa de um derradeiro amar
Rolam no leito em seda e plumas
Entre pétalas de rosas de um vermelho intenso
Corpos sentidos na fomentação das espumas
São dois seres se amando na sede do pensamento
Ao final da contenda são corpos exaustos
Quando da noite o final se avizinha
Seres imantados de castos amores
Como flores a dormir em doce conchinha