Solidão II


Ilhada em minha própria solidão
A ausência de acordes à minha canção
Penetro em mundos obscuros, imaginários!
Incrédula persigo sonhos mau fadários.

Como um barco com mastro caído
Sigo a correnteza do sonho sofrido
Levada ao léu sem direção
Espasmo a dor do meu coração.

E a delirante insônia me persegue
Faz-me com que por ti não negue
A saudade um desejo nada breve
Imaginar-te em mim naufragado.

Senti-lo impregnado a minhas entranhas
A satisfazer meus desejos e manhas
A embalar-me de amor e emoção
E abraçar-me com ardente paixão.

Imaginar-te como a água de um rio
Que corre por meu corpo a refrescar-me
E eu eterna a mergulhar em tuas águas
E fazeres com que reflita minhas mágoas.

Flor de doce luz que me ilumina
Que trazes na alma a cor que me fascina
Cubra de beijos à espera esta tua menina
Que se abre como as flores ao te receber.


06/11/07