ACE(S)SO

ACE(S)SO

Se queres manter esse amor aceso,

Então não suspendo meu coração

E acesso meu adormecido ser

Atento às essencialidades para te ter,

Teu corpo prostrado, entregue e

Maliciosamente devoto.

A ti falta-me uma porta

Como quem se reporta

A vasculhar o mistério

Sem que este se condense

Num só olhar, pedindo parada

E contínua nutrição

De sementes para aflorarem

No teu íntimo.

Pressinto que tu tens

O desejo em carne viva

E eu a ternura incontida.

Eu te quero assim, pulsante,

Retirante, retirando-me

da minha centralidade.

Autentica-me.