Sozinho

Sozinho

A noite estava escuro solidão

Senti um vazio, uma deprê. E era o mar que escoava frio na areia.

O azul do céu ficou confuso e havia uma vela no horizonte.

A mão forte do pescador aproveitou o serenar das águas,

Para puxar um bruto das suas entranhas. Era uma arraia com mênstruo.

Então peguei a corda que amarra o tempo e no relógio das marés dei um nó,

Tudo parou, o mar deu um bocejo e o meu vazio e a deprê se foram, tragados

Por um boto cor de rosa que fugira da Amazônia, não sei como...

De repente aconteceu algo estranho

O amanhecer chegou radiante-

E havia gaivotas flutuando no ar

Tudo se modificou então, o dia adentrou forte

Não era a maré nem era o vento norte

Um brilho invadiu o sol, para deixá-lo mais brilhante ainda...

E era você minha poetinha...

Que invadiu sem perceber os campos da minha alma

Para com doçura me saciar com teus versos quentes

E me carregar com teus escritos

Pelas plagas infinitas dos teus sonhos...