DERIVAÇÕES DO AMOR
DERIVAÇÕES DO AMOR
As palavras se (des)cobrem no descontato.
Pelo excessivo “querer dizer”,
O silêncio se oferta.
Dentro dos desatados laços
Clamam abraços, suspiros,
Espasmos.
Quando não cabe a ternura,
Ter a linguagem em todo
O corpo não é suficiente.
Tudo é supérfluo na tua ausência
- incolor, inodoro, insosso.
Que fronteira é essa
Que segrega o nosso amor?
A fome, o impulso,
A carícia e a carência
São mãos que se espremem
E caladas se entendem.
Toda noite sem ti
É um rio sem margem.
Sou eu à
Margem
De
Mim.