DOCE MELANCOLIA.
Passeio os meus olhos na curvatura de teus seios,
E ao verde de teu olhar,
Despisto os meus de doce melancolia,
O teu corpo esguio vestido de loucura,
Tal como flor destacada no Jardim.
A noite derrama alto suas estrelas,
O luar se perde no negrume celeste,
Seres noctambulos aqui e acolá,
E lá está você,
A musa de meus versos ao avesso.
Os teus cabelos em cachos por sobre os ombros,
São como cachoeiras vestidas de realeza,
Perdendo-se na nudez de suas costas.
Sou apenas uma sombra esquecida,
Uma letra jogada ao infinito,
Buscando no desconhecido,
A desconhecida inspiração que não se pode jamais conhecer.