Às nossas donzelas
Oh! Não, Lereno, não dá,
Olhá-las sem perceber
Esplendor das suas virtudes,
Que juram não envelhecer!
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Tanto é amor e devoção,
É mais glória em cada parte,
Tanto é risos que nos mata,
São todas expressão da arte!
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Impossível seria, amigo!
Pois, não há flor sem perfume,
Zéfiro que queima a pele,
Porque não lhe é custume!
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Tal Como o campo e pastor,
A borboleta e a Beleza,
A perfeição, Flora e a Bela
são da mesma natureza.
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Estes vultos, dentes, lábios...
Estes queixos, olhos ledos,
Estes dotes do alto céu...
Ah, amores dos nossos medos!
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Se com mais doces palavras,
Descrevê-las não podemos,
Vamos nessa vida amá-las,
Só pra elas amor devermos.
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Não somente amar, cuidar,
Proteger e dar carinho,
É também nunca fazer
Êrmo este nosso caminho.
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No riso delas, há graça,
Em seus braços conforto!
Em vão percorremos milhas,
É nelas que achamos porto.
Se amor com amor se paga,
felizes somos, amigo!
Nascem delas rios de amor,
Como no inferno o castigo.
Temo que o nosso louvor
Venha por mais diminuí-las,
Que todas nossas gabanças,
Todos céus venham anuí-las!