Lá Fora.

A alma espera. Mas eis que falha a expectativa.

Os temores entram e saem pelas portas fechadas,

Brancos mantos voam sobre o vidro,

Olhos choram com as janelas cerradas

Silencio... ninguém escuta a boca muda que grita,

La fora o verão, aqui o inverno da alma esperando,

A seiva da esperança, que é forte.

Sobre a escrivaninha o purgatório do poema,

Doem os cabelos brancos, metálicos, o desejo

Ingênuo guardado por décadas, na gaveta,

A exaustão e mais forte no corpo pálido.

Mas a felicidade ali esta, observadora,

Esperando meus passos chegarem

silenciosamente macios.

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 04/05/2021
Código do texto: T7248006
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