Lá Fora.
A alma espera. Mas eis que falha a expectativa.
Os temores entram e saem pelas portas fechadas,
Brancos mantos voam sobre o vidro,
Olhos choram com as janelas cerradas
Silencio... ninguém escuta a boca muda que grita,
La fora o verão, aqui o inverno da alma esperando,
A seiva da esperança, que é forte.
Sobre a escrivaninha o purgatório do poema,
Doem os cabelos brancos, metálicos, o desejo
Ingênuo guardado por décadas, na gaveta,
A exaustão e mais forte no corpo pálido.
Mas a felicidade ali esta, observadora,
Esperando meus passos chegarem
silenciosamente macios.