Última rosa
Ouve um tempo de sonhos e devaneios;
Onde o vento palpitava em mim,
A mão no lençol sem pensar escapava dentre tuas pernas;
Lento, largo e silencioso, recordo agora o amor que um dia nos tocou,
Enquanto o tédio me devora busco em algumas cartas as lembranças dessas vogais que falava ao teu ouvido,
Ouve um tempo de sonhos e devaneios;
Não sei o que ando buscando;
Esses anos mal contados?
Essa fuga sutil?
Sempre palpita esse rumor calado,
Quem eres tu?
Talvez apenas essas palavras que escrevo,
Cemitério de beijos,
Último porto ,
Última rosa,
Tão distante do meu horizonte...